quinta-feira, 26 de março de 2009

A importância de não saber

Hoje aprendi que a ignorância pode ser uma grande aliada. Há primeira vista, numa sociedade marcada pelo conhecimento, esta constatação parece paradoxal. Somos impelidos a questionar, ainda que as respostas nos possam trazer mais dissabores do que propriamente consolações. Temos ao nosso dispôr um conjunto de informação que tanto nos pode ajudar a esclarecer as nossas dúvidas como pode ter o efeito contrário e perverso de nos prejudicar, porque nem sempre conseguimos distinguir uma fonte segura de uma distorcida.
A verdade é que, por vezes, é preferível não saber, parar de procurar e deixar as coisas acontecerem. Nas últimas semanas tenho ouvido alguns testemunhos de pessoas que já fizeram autotransplantes de medula óssea e, entre eles, destaco o do senhor M. porque me deixou impressionada. Este senhor não procurou informação e ainda hoje não sabe em que é que consistiu aquele procedimento que levou à remissão completa da sua doença. Para ele, o mais difícil foi o período de isolamento, sentir-se fechado entre quatro paredes durante três longas semanas, mas de resto não teve complicações de maior e ainda hoje está convencido que só levou soro, ignorando as altas doses de quimioterapia que recebeu.
Na minha cabeça já não é possível apagar a informação que tenho, mas parece-me que ir para autotransplante com este exemplo bem presente poderá ser a melhor maneira de enfrentar este “desafio”.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu sou da opinião que as coisas não devem ser nem tanto ao mar, nem tanto à terra!

As pessoas não devem ser todas “apanhadinhas” como eu, que vou a net devorar literalmente todas os termos médicos que aparecem quer nos exames da minha mãe, como nos meus familiares mais próximos. Mas também acho que não se deve viver nessa completa e total ignorância.

Até fico admirada como existem ainda Senhores M’s :o)) Sim, porque no caso da minha mãe os médicos deixaram-lhe bem claro o que era um transplante e em que fases consistia :o))

De qualquer forma, informações à parte, fico muito feliz por saber que o senhor M conseguiu ficar curado!

Agora sei que estás mais perto de saltares a ultima barreira para te juntares a todos os Senhores M’s deste planeta :o))

Beijinhos !

Anônimo disse...

Eu concordo com a Mary, tambem acho que não se deve viver numa ignorancia tão grande.
Acho que é importante para uma pessoa saber o que lhe vão fazer e pelo que vai passar.
Fazes bem em manter-te informada e em querer ouvir outras historias.

Em breve vais ser mais um testemunho de uma história de sucesso.
Força! Ja faltou mais :)

Beijinhos

Anônimo disse...

Esqueci-me de assinar o post de cima.

Sou a Sandra, a tal que te mandou um email.
Jinhos

Andreia disse...

Pois amiga...
Eu passei pelo k passei com o mínimo de informação possível e agradeço a Deus todos os dias por isso!
A sensação de desânimo, do chão a estar-nos a fugir, o coração a palpitar à espera da próxima informação, a angústia e o terror do k vem, o sistema nervoso todo alterado... (nem vale a pena pensar)
É o k tem de ser e viver um dia de cada vez sempre com fé e esperança.
Cada pessoa é uma pessoa, cada caso é um caso.
Não tenho dúvidas nenhumas k entretanto estamos a ver kem tem o cabelo maior, a beber um café numa esplanada a olhar p o mar, a conversar sobre o nosso futuro e a marcar jantaradas.
Não tenho dúvidas nenhumas k vais ultrapassar tudo e ficar curada!
Vamos ficar curadas!
Força amiga!! Já falta tão pouco!!
Beijinho grande