quinta-feira, 30 de abril de 2009
Anúncio Oficial
Agora um bocadinho, mas só um bocadinho mais a sério, tenho um fim de semana prolongado para gozar, para pôr as ideias no lugar, para fazer as malas (uma mala cheia de pijamas, note-se), para escolher os livros e dvd´s que me irão fazer companhia entre quatro paredes e, acima de tudo, para ganhar coragem...
E se estivessem no meu lugar, com 3 dias para aproveitar antes de um assustador auto-transplante, o que fariam? Aceitam-se sugestões!
Vida em Pause
domingo, 26 de abril de 2009
Bilhete Postal
Sempre que posso regresso aqui, a ti, uma e outra vez.
sábado, 25 de abril de 2009
25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Há uma geração que é filha da Revolução dos Cravos, herdeira da liberdade.
Esta geração aprendeu, nos serões familiares ou nas aulas de História, que antes do 25 de Abril de 1974 se vivia de uma forma muito diferente. Vivia-se sob a alçada do regime salazarista, sem liberdade de pensamento e de expressão. Grande parte da população era analfabeta, abandonava a escola e começava a trabalhar muito cedo para auxiliar a família. Portugal era um país rural, vivia-se no campo, trabalhava-se na agricultura e na pesca. Eram poucas as casas que tinham água canalizada e esgotos. Os cuidados de saúde eram, praticamente, inexistentes e a taxa de mortalidade infantil era elevada. As mulheres não tinham os mesmos direitos que os homens, dependiam deles e não tinham direito ao voto. A igreja católica mantinha uma relação privilegiada com o Estado Novo.
É certo que estamos a atravessar um período crítico, de insatisfação com a democracia e com as instituições, com especial destaque para o mau funcionamento da justiça, no entanto e considerando a sondagem realizada pela Revista Visão, os portugueses apreciam a liberdade enquanto realidade indiscutível e incontornável que tem vindo a progredir e a consolidar-se.
“A liberdade tem, para os inquiridos, os conteúdos que mais directamente a caracterizam: pensar, falar, escrever, ler, viajar, deslocar-se na cidade, votar, associar-se e fazer greve. Pensam, no entanto, que as dificuldades económicas e o desemprego podem condicionar a liberdade”.
António Barreto in Revista Visão
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Dupla Sedução

Cada vez temos mais dificuldades em confiar nos outros. Tornámo-nos oficialmente desconfiados. É-nos difícil desarmar à primeira, à segunda ou até mesmo à terceira. À mínima coisa damos por nós a ligar o “complicómetro”. Porque há aqueles que são calculistas, os que se julgam mais espertos, os que só conseguem desiludir, os que nada têm a perder, os que deixam feridas em aberto, os que se escondem por detrás das aparências, os que fazem jogo duplo. E depois há os que nunca aprendem, os que carregam decepções, os que se deixam levar, os politicamente correctos, os que ainda têm esperança, os que já a perderam e os que a reencontraram. Por vezes somos tudo isto, umas vezes de forma consciente, outras sem darmos por isso.
Gran Torino

Há pessoas que vivem agarradas ao passado, pessoas que têm dificuldades em perceber este mundo vertiginoso das mudanças. Walt (Clint Eastwood) é uma dessas pessoas, com um passado sombrio que lhe pesa na consciência e com o hábito de cerrar os dentes para demonstrar o seu desagrado perante a indiferença dos seus filhos, o desprezo dos seus netos e a estranheza que a cultura dos seus vizinhos asiáticos lhe provoca. Refugia-se no seu alpendre, enquanto observa com atenção e amargura a descaracterização do seu bairro.
Poderíamos pensar que este é um filme sobre violência urbana, preconceitos, (in)tolerância, choque de culturas ou de gerações, mas o filme é surpreendentemente mais do que isso. Eu diria que é um filme sobre a nossa capacidade de adaptação e aprendizagem ao longo da vida, sobre amizade e respeito, sobre justiça e redenção, lembrando-nos que estamos sempre a tempo de mudar, de melhorar.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Efeito Lexotan
São questões para as quais não encontramos respostas. São questões que levam a outras e, nestas alturas, a única coisa que queremos é apurar responsabilidades. Iludimo-nos a pensar que esse é o cerne da questão, mas mais tarde ou mais cedo percebemos que as dicotomias justo/injusto, sorte/azar não têm grande aplicação ou utilidade prática, assim como não faz muito sentido atribuir a culpa a um Deus ou aos outros ou até mesmo a nós próprios. Tão discutível, não é? Eu sei. Para mim, resume-se a um: simplesmente aconteceu. O que poderá não ser tão simples é a forma como reagimos. Porque poderá sempre haver a revolta, a vontade de parar, o desânimo, a depressão, a angústia, a apatia... Porque a vida, por vezes, ganha o formato de uma prova de obstáculos, intervalada por breves momentos de felicidade. Mas o contrário também pode ser verdade, uma vida cheia de momentos felizes, intervalada por algumas dificuldades. Tudo é tão relativo, o que me leva a pensar que o mais importante mesmo é aprender a relativizar.
PS - Vou estar ausente o resto da semana. Espera-me um check-up médico e o mais estranho é que, nestas horas que se antecedem, dá-me para escrever e escrever e divagar... Porque será?
Revejo-me nas palavras de...
"Pouco a pouco fui-me habituando à ideia de que os meus problemas não teriam uma solução imediata."
in Revista Visão
Já passou tanto tempo e com ele fui-me apercebendo que ainda será preciso muito mais...
domingo, 12 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Transeuntes
terça-feira, 7 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
New life
Hermann Hesse in “Gertrud”
Esta frase descreve a felicidade espelhada no rosto da Barriguitas perante a sua pequena princesa. Dizem que a chegada de um filho modifica-nos, faz com que a vida ganhe outra perspectiva, outro sentido, outras prioridades. Acredito que sim. Talvez porque deixamos de ser o centro de gravidade.
Posso nunca ter a oportunidade de sentir esse privilégio, mas devo dizer que fico muito feliz por poder acompanhar os meus amigos nesta experiência única.