terça-feira, 14 de abril de 2009

Efeito Lexotan

Os contextos podem até ser muito diferentes, mas tal como os sobreviventes do terramoto em Itália se questionam porque razão o destino os escolheu a eles e à sua região para palco de tamanho drama, também nós fazemos estas questões quando o chão parece fugir debaixo dos nossos pés.
São questões para as quais não encontramos respostas. São questões que levam a outras e, nestas alturas, a única coisa que queremos é apurar responsabilidades. Iludimo-nos a pensar que esse é o cerne da questão, mas mais tarde ou mais cedo percebemos que as dicotomias justo/injusto, sorte/azar não têm grande aplicação ou utilidade prática, assim como não faz muito sentido atribuir a culpa a um Deus ou aos outros ou até mesmo a nós próprios. Tão discutível, não é? Eu sei. Para mim, resume-se a um: simplesmente aconteceu. O que poderá não ser tão simples é a forma como reagimos. Porque poderá sempre haver a revolta, a vontade de parar, o desânimo, a depressão, a angústia, a apatia... Porque a vida, por vezes, ganha o formato de uma prova de obstáculos, intervalada por breves momentos de felicidade. Mas o contrário também pode ser verdade, uma vida cheia de momentos felizes, intervalada por algumas dificuldades. Tudo é tão relativo, o que me leva a pensar que o mais importante mesmo é aprender a relativizar.

PS - Vou estar ausente o resto da semana. Espera-me um check-up médico e o mais estranho é que, nestas horas que se antecedem, dá-me para escrever e escrever e divagar... Porque será?

4 comentários:

Sofia disse...

Não importa para o que te dá, desde que te alivie e te faça desanuviar :)

Depois conta como correu o check-up :)
Beijo e força!

Estreliña disse...

Podia dar-te para pior.. tipo fazer o pino e tentar jogar ao domino ao mesmo tempo..

lolol

Va, boa semana..

E como vais tar ausente,.. e sei ke tas curiosa, eu digo-te: eu vou ver o Buda e o Peste = Hungria!! :)

Mimi disse...

Faz parte da natureza humana o de não querer aceitar que um dia a tragédia bate a porta.

Bate a porta dos ricos, dos pobres, dos jovens, dos idosos, dos corajosos, dos fracos … é feita uma escolha aleatória e acontece.

Não acredito em Deus, mas acredito no homem. Acredito da medicina e nos avanços da ciência para se curar hoje, o que ontem não era possível.

Nos últimos anos aprendi a acreditar ainda mais nos homens. Enquanto existirem possibilidades, então existe sempre uma esperança.

Quando partilhamos a dor e o sofrimento daqueles que amamos, podemos dizer de pulmões bem cheios “que a esperança é a ultima a morrer”!

Quando ainda era garota, gozamos na escola e costumavamos dizer que a vida era como um interruptor, umas vezes para cima e outras para baixo. Estou certa que estás muito perto de voltar a acender uma nova luz!!

Muita força e boa sorte para os próximos tratamentos,

Beijinhos,

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado